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Ribeiro Cristóvão

O jogo

11 fev, 2014 • Ribeiro Cristóvão

É o país inteiro que se excita e fica a aguardar ansiosamente pelo primeiro apito para que a seguir lhe corresponda o primeiro pontapé na bola.

Haja os jogos que houver por esse país fora, e a contar para as mais variadas competições, nenhum pode comparar-se a um Benfica-Sporting ou vice-versa.

É que não são apenas as suas massas associativas que emprestam um cunho especial de cada vez que o "derby" se repete. É o país inteiro que se excita e fica a aguardar ansiosamente pelo primeiro apito para que a seguir lhe corresponda o primeiro pontapé na bola.

O clássico de logo à noite não foge à regra. O entusiasmo de há muito saiu à rua e promete, na próxima noite, transbordar do estádio da Luz para, com ou sem temporal, arrebatar todos quantos gostam de futebol, em especial, os que torcem pela defesa das duas camisolas presentes.

O estendal de notícias, comentários, debates e comunicados, tudo isto, muitas vezes, com algumas contradições à mistura, constituiu o tema dominante do dia, relegando para plano mais modesto tantas outras questões que interessam à comunidade.

Mas a discussão acabou por valer a pena. É que ficaram claros alguns aspectos mais difusos que sobraram de uma noite de domingo muito agitada, ainda que também tenha havido quem tivesse preferido levantar sombras em defesa de argumentos nem sempre muito consistentes.

Os que não são propriamente do jogo já tiveram assim espaço e tempo para fazerem a defesa das suas teses, alguns persistindo na ideia de que há ainda questões sobre segurança que não tiveram resposta, pelo que o clássico deveria ser adiado para altura mais conveniente.

Mas logo, e se até lá não surgir qualquer anormalidade, repetir-se-à a máxima: “ Ao jogo os que são do jogo. Fora do jogo quem não é do jogo”.