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Ribeiro Cristóvão

Opção credível

07 fev, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Continuem a poupar o Pedro Proença, porque o melhor árbitro do mundo tem especiais tarefas de preparação a desempenhar nos jogos da Liga de Honra.

Opção credível

Aquele senhor de cujo nome não me lembro, e por isso peço desculpa, que dirigiu vai para mais de dois anos um desafio entre o Beira-Mar e o Sporting para assim boicotar a greve então desencadeada pelo árbitro de Portalegre, Paulo Baptista, poderia perfeitamente ter sido escolhido pelo todo-poderoso senhor da arbitragem para dirigir o clássico do próximo domingo que vai opor o Benfica ao Sporting, a contar para o campeonato da Liga.

O referido senhor teve então, ainda me recordo, um bom desempenho que lhe valeu nota positiva de todos os quadrantes, confirmando que podem ser dispensáveis algumas das vedetas que costumam passear-se por aí de apito na boca. No entanto, nunca mais foi tido nem achado para estas complicadas tarefas de ser juiz num jogo de futebol de grande envergadura. Uma injustiça…

Agora que se aproxima mais um importante mas ainda não decisivo jogo entre os maiores rivais de sempre do futebol português, a grande discussão voltou a incidir sobre a escolha do árbitro, exigindo-se o mais capaz para tão hercúlea tarefa. Naturalmente…

Uns porque não estão disponíveis, outros porque não se sentem muito à vontade, e eis que surge o nome de Marco Ferreira, do Funchal, tido antes como um dos menos possíveis entre o lote dos considerados mais aptos para a função.

Num tempo em que o profissionalismo já entrou deliberadamente pela arbitragem dentro, bem paga mas mal servida, pelos vistos, custa a entender uma situação como esta. É que vamos ter ainda uma boa meia-dúzia de clássicos até ao fim da temporada e, por este andar e, se calhar, o nosso amigo de Aveiro, transformado então de espectador em árbitro, ainda vai voltar a ter uma oportunidade.

Quem estiver bem informado que passe o seu nome e número de telefone ao presidente da arbitragem.

E, por favor, continuem a poupar o Pedro Proença, porque o melhor árbitro do mundo tem especiais tarefas de preparação a desempenhar nos jogos da Liga de Honra. E, ao mesmo tempo, poupem-no tendo em atenção o Mundial que está à porta, no qual dele se espera o bom trabalho do costume para, mais uma vez, prestigiar a corporação.

E depois se, por acaso, também cometer a idêntica proeza de transformar um penalti num livre indirecto dentro da grande área, que demorou seis minutos a marcar, como aconteceu num recente Académico de Viseu-Sporting da Covilhã, pouca gente ficará a saber.

Se tiver dúvidas, o Duarte Gomes, outro internacional/profissional, ensina-lhe como se faz.