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Ribeiro Cristóvão

Dúvidas desfeitas

13 jan, 2014 • Ribeiro Cristóvão

O Benfica ficou confirmado como a melhor equipa do momento. O FC Porto realizou uma das exibições mais sombrias realizadas desde há anos frente ao seu arqui-rival encarnado. O Sporting revelou a perda de algum folego no desafio com o Estoril.

Dúvidas desfeitas

O clássico da Luz ajudou a desfazer algumas das dúvidas que persistiram durante várias semanas e que se transformaram em certezas à entrada para a segunda volta do nosso campeonato principal.

E assim, o Benfica ficou confirmado como a melhor equipa do momento, não apenas porque se encontra no primeiro lugar da classificação com uma diferença confortável sobre a concorrência mais directa, mas porque é aquela que também está, neste momento, em condições de garantir a melhor qualidade do futebol que pratica.

No jogo de ontem, o FC Porto realizou uma das exibições mais sombrias realizadas desde há anos frente ao seu arqui-rival encarnado.
E, mesmo descontados alguns erros clamorosos do árbitro do jogo que prejudicaram claramente a equipa nortenha, não se pode creditar ao campeão nacional um lampejo de classe neste desafio que pode ter sido determinante para o seu futuro imediato.

Paulo Fonseca é o mais destacado alvo de todas as críticas, mas alguns dos seus jogadores também não escapam à nota negativa final que lhes é quase unanimemente atribuída.

Este não é o Porto a que nos habituámos anos a fio, autoritário, dono e senhor do jogo, capaz de ditar a lei e de a fazer cumprir.
Por isso, nas hostes do Dragão reina o maior dos descontentamentos, sucedendo-se os apelos aos responsáveis no sentido de que alguma coisa mude e depressa.

Também o Sporting revelou a perda de algum folego no desafio com o Estoril. Os comandados de Leonardo Jardim têm vindo a perder força, e a circunstância de não marcarem um só golo vai para três jogos consecutivos não indicia nada de bom.

É verdade que os leões terminam a primeira volta no segundo lugar a dois pontos das águias e um avanço mínimo sobre os dragões.
Sendo um ganho importante em comparação com o ano anterior trata-se, porém, de um proveito relativo para quem tanto chegou a prometer.

Agora vai iniciar-se a grande caminhada rumo aos quinze jogos que há para disputar. Vamos esperar, entretanto, pelos possíveis estragos que o mercado de Janeiro possa vir a produzir no trio que comanda a classificação, para poder haver maior objectividade na análise.

E se as saídas não forem muito significativas, o Benfica continuará a ter o melhor e mais nutrido plantel, os portistas a produzir menos do que lhes é exigido, e o Sporting a sofrer ainda mais as consequências de ter um grupo de jogadores mais reduzido, mais jovem, e com menores possibilidades de enfrentar o inverno com sucesso.

Daí que para os encarnados da capital tenha sido transferida agora a mais substancial dose de favoritismo, sem colocar de lado o facto de ter ainda pela frente muitos e duros testes que o futuro lhe reserva. Se conseguir passar com nota positiva em todos eles então, lá mais para diante, poderá mudar de cor da camisola de campeão.