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Ribeiro Cristóvão

Vitória agridoce

11 dez, 2013 • Ribeiro Cristóvão

Benfica não alcançou, frente ao Paris Saint-German, o objectivo primordial: seguir em frente, atingindo os oitavos de final. É frustrante constatar que a equipa cedeu o segundo lugar do seu grupo a outra, de qualidade inferior. É tempo de encontrar responsáveis.

A vitória do Benfica frente a um encolhido Paris Saint-Germain cumpriu apenas dois objectivos: manter a invencibilidade, em Lisboa, frente a equipas francesas e arrecadar mais um milhão de euros, o prémio instituído pela UEFA na Liga dos Campeões.

Ficou, no entanto, por alcançar aquele que se apresentava como de primordial importância: o de seguir em frente, atingindo os oitavos de final na expectativa de que, a partir daí, a sorte também pudesse dar uma mãozinha.

É frustrante para o emblema da águia a situação a que chegou, sobretudo ao constatar que cedeu o segundo lugar do seu grupo a uma equipa de qualidade inferior à sua e, ainda mais doloroso, ter terminado com o mesmo número de pontos dos gregos.

E foi exactamente com os gregos que o Benfica derrotou o sonho de prosseguir na Champions ao ceder, no estádio da Luz, um empate que logo à terceira jornada pareceu comprometedor.

Por este desfecho negativo, que pode ajudar ao insucesso de toda uma época, há que encontrar responsáveis, o primeiro dos quais o treinador Jorge Jesus, que voltou a ficar-se apenas pelas promessas.

Mas toda a equipa deve ser igualmente envolvida nesta culpabilização, por ter ficado demonstrado frente ao PSG que, com outra atitude, mais competitiva, tudo poderia ser agora diferente.

Chegar à Liga Europa pressupõe um mérito relativo. Trata-se de uma competição subalterna, que envolve menos prestígio, menos dinheiro, e apenas representa a “montra do lado” do futebol europeu.

Veremos do que é capaz hoje o Futebol Clube do Porto em Madrid, onde o aguardam grandes dificuldades.

Ter de fazer pela vida e ficar à espera do que vai acontecendo em Viena de Áustria representa apenas uma parte. Porque do outro lado vai estar uma equipa virada permanentemente para a vitória e que não vai dar tréguas ao campeão português.