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Ribeiro Cristóvão

Recta final

26 nov, 2013 • Ribeiro Cristóvão

O prestígio alcançado ao longo de tantos anos não pode ser delapidado de forma continuada, como tem vindo a acontecer até aqui.

Recta final

A Liga dos Campeões Europeus entra hoje na recta final, devendo já ficar desfeitas muitas das dúvidas que ainda pairam sobre diversos grupos.

Equipas apuradas são ainda em escasso número: Manchester City, Bayern de Munique, Atlético de Madrid e Barcelona, aguardam que a eles se juntem mais uma dúzia para perfazerem o total de 16, tantas quantas irão, a partir de Fevereiro, disputar os oitavos de final.

No Grupo G, que integra o campeão português, os madrilenos estão já a coberto de qualquer surpresa, o que significa que a sua deslocação à Rússia não vai além de um mero cumprimento de calendário.

E essa circunstância pode ser prejudicial para o Futebol Clube do Porto, mesmo que nesta terça-feira consiga, como se espera, um resultado positivo frente à frágil formação do Áustria de Viena a qual, por esta altura, soma mais pontos -1- do que golos -0-, ficando assim tudo à mercê de decisões, que só surgirão na ronda final.

Envolve, por isso, grande responsabilidade o desafio de logo à noite no Dragão onde a equipa anfitriã joga no fio da navalha por ali poder comprometer, inclusive, a sua participação na Liga Europa, que não era, claramente, um dos seus objectivos no começo da temporada presente.

Por todas estas razões espera-se, frente ao campeão austríaco, um Porto diferente daquele que nos foi dado apreciar nos jogos mais recentes. Estão muitas coisas em jogo.

E se é verdade que a questão financeira é relevante, outros aspectos há que também exigem entrega total da equipa. O prestígio alcançado ao longo de tantos anos não pode ser delapidado de forma continuada, como tem vindo a acontecer até aqui.