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Ribeiro Cristóvão

Está (quase) na hora

14 nov, 2013 • Ribeiro Cristóvão

O que ficou para trás não importa agora. O presente é que conta para determinar o futuro que a nossa selecção quer alcançar.

Está (quase) na hora

Ultimam-se os preparativos, o seleccionador desfaz as dúvidas que eventualmente ainda possam pairar no seu espírito, o nervosismo aumenta à medida a que nos aproximamos da noite de sexta-feira e do primeiro embate com a Suécia que, esperamos, seja de bom augúrio para a concretização de um desejo que mora em milhões de portugueses.

Depois de uma fase de apuramento na qual entrámos como favoritos, e em que por isso poderíamos e deveríamos ter feito muito melhor eis-nos, de novo, perante um teste à capacidade dos nossos jogadores, sobre os quais impende agora uma pesada responsabilidade.

Eles estão conscientes disso e dessa exigência que lhes é cobrada face à reconhecida capacidade de todo um grupo que nem sempre tem rendido aquilo que está ao seu alcance.

O que ficou para trás não importa agora. O presente é que conta para determinar o futuro que a nossa selecção quer alcançar. Importante é ter a consciência do valor que comporta a presença do futebol português no próximo Campeonato do Mundo e, porque o Brasil será a sua sede, se entende que seja considerada indispensável.

Espera-se uma noite inspirada de Cristiano Ronaldo, ao mesmo nível das grandes exibições que tem protagonizado ao serviço do Real Madrid, porque tal não deixará de arrastar consigo todos os demais companheiros aos quais for confiada por Paulo Bento a honra de representar o futebol português.

Convém no entanto lembrar que do outro lado teremos um adversário também muito determinado e servido por uma estrela de primeira grandeza, à qual não poderá ser permitido venha a desequilibrar o resultado a seu favor, ou mesmo deixar tudo em aberto para o jogo de retribuição daqui por alguns dias.

O público, esse, indefectível, lá estará como sempre, para dar o seu contributo decisivo, não só enchendo as bancadas do estádio da Luz, mas igualmente transmitindo aos jogadores todo o  calor indispensável num momento tão importante como este.

A partir desse estado de alma pode vir a ser construída uma vitória que relance a esperança quase perdida.