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Ribeiro Cristóvão

Homenagem oportuna

13 nov, 2013 • Ribeiro Cristóvão

É uma regra de oiro: todas as vitórias alcançadas num jogo de futebol começam, por norma, a ser construídas muito antes da sua realização.

Homenagem oportuna

É uma regra de oiro: todas as vitórias alcançadas num jogo de futebol começam, por norma, a ser construídas muito antes da sua realização.

E, se esse jogo assume foros de grande transcendência, então os cuidados passam a ser  ainda maiores, e estudados até ao mais ínfimo pormenor.

Vem isto a propósito do que está a acontecer à volta dos próximos embates entre Portugal e a Suécia, que vão determinar qual das duas selecções irá marcar presença no Mundial de Futebol de 2014.

À sua maneira, e sem alterar estratégias, do lado português cumpre-se o rito habitual. Ou seja, jogadores fechados em Óbidos, sujeitos a treinos regulares que ajudem o seleccionador a decidir sobre qual o melhor onze a apresentar, à espera de ordem de  marcha para o estádio da Luz onde, na sexta-feira, começa a grande epopeia de tentar demandar o Brasil em Junho do ano que vem.

Do lado sueco nem tudo se processa da mesma forma. A opção de vir para Portugal mais cedo, para aqui preparar o primeiro de dois jogos tão decisivos foi posta de parte, prevalecendo a vontade da equipa técnica de realizar esse trabalho no seu próprio território, para assim se furtar à invasão dos seus domínios por parte de observadores tidos como indesejáveis.

E há outros aspectos que também podem ser considerados relevantes. Considerado de novo o melhor jogador sueco do ano, Ibrahimovic acaba de receber a Bola de Ouro instituída pela Federação do seu país, o que acontece pela oitava vez consecutiva.

Também ontem foi anunciada a forte probabilidade de o melhor jogador sueco da actualidade poder vir a ganhar o Prémio Puskas de 2013, pelo golo que marcou em Novembro do ano passado, num desafio contra a Inglaterra.

Dois bons estímulos para um jogador preponderante, já de si muito forte, capaz de desequilibrar o desfecho de qualquer jogo, independentemente das circunstâncias.

E não é certamente por acaso que tudo isto acontece em data coincidente com os dois momentos tão decisivos que estão quase a bater-nos à porta.