Os acontecimentos de sábado e domingo deram azo às mais amplas e exacerbadas discussões, mas o dia de ontem não quis ficar atrás e daí os ecos estrondosos que se escutaram em relação a todos os casos ocorridos.
Proliferaram as mais variadas tomadas de posição, com cada uma das partes em confronto a tentar fazer valer as suas razões. Nem sempre, diga-se desde já, apoiadas por argumentos tidos como os mais correctos.
Daí que a polémica em que Jorge Jesus se envolveu desnecessariamente no declinar do desafio de Guimarães, tenha vindo para durar por mais algum tempo, provavelmente por muito tempo mesmo.
O facto de o treinador do Benfica ter sido constituído arguido num caso que ainda lhe vai provocar muitas insónias, promete arrastar um processo entretanto visto, como se esperava, de ângulos diferentes.
Mas também a frente aberta pelo Presidente da Associação de Futebol de Lisboa promete extensos e duradouros capítulos.
Extremadas as posições entre o dirigente lisboeta e os responsáveis do Futebol Clube do Porto, resta aguardar pelos desenvolvimentos que virão a seguir, para deleite do adepto da bola, vezes sem conta chamado a entrar no debate de factos que ocorrem fora das quatro linhas.
No meio de tudo, não tem sido dado o relevo que merece à atitude do treinador do Sporting, espoliado em Alvalade de um penalty que poderia ter mudado o curso do jogo com o Rio Ave.
Entendendo que não deveria atirar mais achas para uma fogueira já de si incandescente, Leonardo Jardim deixou um belíssimo exemplo para aqueles que não devem circunscrever apenas a sua acção a treinar, a jogar ou a dirigir.
É que, caso o comportamento do treinador do Sporting não venha a ter seguidores, o campeonato em curso, que ainda só vai na quinta jornada, promete tornar-se num inferno.