Lavar dos cestos

Sporting e FCPorto repartiram entre si os troféus que faltavam, acertando as contas da época quase a terminar, numa altura em que o mercado fervilha e se começam a definir estratégias para a temporada que se seguirá.

No hóquei, com o seu triunfo, os portistas atenuaram ainda que apenas ligeiramente o desaire sofrido na Taça dos Campeões Europeus, de cujo título foram afastados pelo Benfica em circunstâncias marcadas por grande incerteza e emoção.

Já no futsal, a nova paixão de muitos adeptos portugueses, o Sporting confirmou a sua inegável superioridade.

Depois de ter ganho a Taça de Portugal, os leões acabam agora de conseguir a dobradinha ao vencer também o campeonato, em despiques de grande qualidade frente ao Benfica, e confirmando que neste momento se podem arvorar, sem favor, como a melhor equipa nacional.

Em ambos casos, tratou-se igualmente de dois prémios de consolação para duas instituições que deixam para trás um considerável rasto de frustrações, sobretudo no que respeita ao percurso desenvolvido nas várias competições incluídas no calendário do futebol.

Agora, a pensar já na temporada que se avizinha, Benfica e Sporting juntam-se aos demais concorrentes na tarefa de cuidar de novos projectos, que não passam necessariamente pelos mesmos objectivos.

Enquanto para os lados da Luz, o foco incide na perseguição de todos os títulos que haja a possibilidade de conquistar, a nível internacional e nacional, mas sobretudo este, já o vizinho da segunda circular é chamado a outras realidades.

No Sporting, forçado a arrumar uma casa, deixada em fanicos pela desgraçada gestão anterior, o novo principal responsável cuida de dar passos seguros no sentido de ser possível não deixar o clube aproximar-se ainda mais do abismo.

Tal tarefa obriga a adiar sonhos iguais aos de muitos anos do seu rico historial pois, para já, a palavra de ordem é adregar chegar ao primeiro lugar do pódio sempre sem comprometer uma gestão adequada à realidade.