Presidente (com o partido democrata) e líderes republicanos estão, sobretudo, empenhados em conquistar a opinião pública, com vista às eleições de 2014. Cada parte procura convencer os americanos de que a culpa é do outro.
Em 2011, o Congresso americano decidiu que, se até ao princípio deste ano não se chegasse a acordo sobre a redução do défice federal, entrariam em vigor automaticamente cortes drásticos na despesa.
Apesar de um adiamento de dois meses, continuaram a não se entender Obama, que quer também subir impostos, e os líderes republicanos do Congresso, que rejeitam essa subida.
Por isso, a primeira dose de cortes entrou em vigor no dia 1 deste mês. E irá travar o crescimento económico dos Estados Unidos.
O sistema político norte-americano está bloqueado. Em parte porque as duas partes – o Presidente e o Partido Democrático, de um lado, e os líderes republicanos do Congresso, do outro – estão sobretudo empenhadas em conquistar a opinião pública, com vista às eleições de 2014.
Cada parte procura convencer os americanos de que a culpa deste impasse e das suas graves consequências económicas é da outra parte.
Por outras palavras, os dirigentes políticos americanos dão mais importância aos interesses partidários do que ao interesse nacional. Perversão que, infelizmente, também se nota por cá.