A distância ideológica que separa os socialistas do PSD e do CDS é bem menor do que a existente entre eles e a extrema-esquerda. Já era assim em 1975, quando Mário Soares resistiu à tomada do poder pelos comunistas.
O deputado socialista Francisco Assis disse à Renascença que o PS, se ganhar as futuras eleições sem maioria absoluta, deve fazer acordos à direita e não à esquerda.
Que um destacado membro do PS tenha dito isto significa que, dentro do partido, existem dúvidas e discussões sobre esta matéria. O que é curioso e revela o grau de irrealismo que ainda afecta muita gente no PS.
A distância ideológica que separa os socialistas do PSD e do CDS é bem menor do que a existente entre eles e a extrema-esquerda. Já era assim em 1975, onde foi decisiva a resistência de Mário Soares à tomada do poder pelos comunistas.
A distância continua hoje, porque o PCP não mudou – considera a Coreia do Norte uma democracia – e o pseudo-moderno Bloco de Esquerda nunca renegou o maoísmo e o trotskysmo, que se mantém como as suas ideologias preferidas.
Por isso, o PCP e o BE são partidos de protesto, não de Governo. Se fossem poder, rapidamente acabariam com as liberdades. Veja-se quanto eles apreciam a liberdade de expressão, quando impedem um ministro de discursar.