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Francisco Sarsfield Cabral

A China e a Coreia do Norte

14 fev, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

Rússia e China alinharam na condenação do terceiro e mais poderoso ensaio nuclear realizado por Pyongyang, mas é indispensável que Pequim faça mais para travar a loucura do líder norte-coreano.

Quando iniciou funções, o novo líder da Coreia do Norte (filho e neto dos anteriores líderes, como numa monarquia…) houve alguma esperança de que o regime do país evoluísse um pouco.

Já se viu, porém, que não se atenuou a agressividade de Pyongyang em relação ao exterior (Coreia do Sul e Estados Unidos) nem abrandou a política de sucessivas provocações que a Coreia do Norte mantém desde há vinte anos.

Esta semana, a Coreia do Norte fez o seu terceiro e mais poderoso ensaio nuclear subterrâneo, desafiando a comunidade internacional.

O Conselho de Segurança condenou a iniciativa, por unanimidade – ou seja, a Rússia e a China (que tem fronteiras com a Coreia do Norte) também a condenaram.

Mas é indispensável que a nova liderança da China faça mais para travar a loucura, pelos vistos hereditária, de Kim Jong-eun.

Não faltará muito para que a Coreia do Norte possua mísseis balísticos de longo alcance, capazes de atingirem o território dos Estados Unidos com um ataque nuclear.

A chave do problema coreano está em Pequim. Este é um teste aos novos dirigentes chineses.