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Francisco Sarsfield Cabral

Mais um escândalo bancário

30 jan, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

Casos português, italiano e espanhol mostram que pôr políticos a gerir bancos dá mau resultado.

Mais um escândalo bancário
O sector bancário continua a revelar escândalos e fraco sentido das responsabilidades. Coube agora a vez ao banco mais antigo do mundo e terceiro banco de Itália, o Monte dei Paschi di Siena (MPS), fundado em 1472.

O MPS tem sido gerido por políticos de centro-esquerda influentes na região, o que atrapalha a campanha eleitoral do líder do Partido Democrático, Pierluigi Bersani.

Os negócios ruinosos e a “contabilidade criativa”, eventualmente criminosa, deste banco afectam também a imagem dos “dois Mários”.

Monti, porque o seu governo concedeu, em 2012, um empréstimo de emergência ao MPS – dinheiro dos contribuintes para salvar banqueiros, segundo os críticos (Monti responde que foi para salvar depositantes).

E Draghi é atingido, porque era governador do Banco de Itália quando aconteceram alegadas irregularidades no MPS, não sendo claro se, como supervisor, ele actuou com firmeza em relação ao banco de Siena.

Uma coisa é certa. Mesmo sem falar do “nosso” BPN, os problemas das espanholas Cajas de Ahorro já tinham mostrado que pôr políticos a gerir bancos dá mau resultado.