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Terrorismo no Norte de África

21 jan, 2013

É da Argélia que vem a maior parte do gás natural consumido em Portugal. O mesmo país onde terroristas islâmicos sequestraram mais de 800 trabalhadores de um complexo de gás natural gerido pela BP e onde a guerra faz parte do dia-a-dia.

Terrorismo no Norte de África
Talvez por causa do temporal e da preferência de muita da nossa comunicação social pelas deprimentes ninharias do “debate” político-partidário nacional, pouca atenção foi por cá dada aos terríveis acontecimentos na Argélia. Apesar de vir daquele país a maior parte do gás natural consumido em Portugal.

Os terroristas islâmicos sequestraram na quarta-feira passada mais de 800 trabalhadores num complexo de gás natural no deserto, gerido pela BP, pela norueguesa Statoil e pela argelina Sonatrach. Por este complexo passa quase um quinto do gás natural exportado pela Argélia.

A resposta do Governo argelino foi brutal, na linha da guerra civil que durante anos ensanguentou aquele país. E no estilo habitual na Rússia de Putin. Daí, o grande número de mortos.

O Norte de África está a tornar-se numa zona de propagação do terrorismo islâmico, como foi o Afeganistão e é agora o Paquistão. Mesmo em países sem gás natural nem petróleo, como Marrocos.

Ontem, foi desmantelada em Ceuta uma célula de recrutamento de terroristas. Rabat é a capital mais próxima de Lisboa.