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Ribeiro Cristóvão

Esperar para ver

02 jan, 2013 • Ribeiro Cristóvão

Acabámos de entrar no novo ano de 2013 resumindo as nossas expectativas àquilo que vai passar-se entre nós, e pouco mais.

Esperar para ver

Acabámos de entrar no novo ano de 2013 resumindo as nossas expectativas àquilo que vai passar-se entre nós, e pouco mais.
 
Ano ímpar, portanto sem grandes competições de dimensão internacional, campeonatos do Mundo ou da Europa e Jogos Olímpicos resta-nos, já neste mês, a Taça das Nações Africanas que na África do Sul vai reunir as melhores selecções daquele continente, e onde, a lusofonia vai ter presença muito significativa.

São, por isso, as nossas provas internas a reclamar as maiores atenções, podendo também juntar-se-lhes os campeonatos mais competitivos que decorrem por essa Europa fora, em alguns dos quais há, igualmente, forte influência de destacadas figuras portuguesas.

Ao contrário de outros anos, em que a febre do dinheiro atingia níveis altíssimos, o mercado de inverno não desperta interesse relevante.

Meia dúzia de nomes, alguns com pouco significado, vão saltando todos os dias para as páginas dos jornais, mas como o estado crítico das finanças dos clubes recomenda alguma prudência, muito provável será que não se vá além desses simples anúncios.

Senão vejamos: o Benfica dispõe de um plantel considerado suficiente pelo universo encarnado, com destaque até para o treinador Jorge Jesus, ficando assim confirmada a tese segundo a qual as disponibilidades actuais bastam para enfrentar as provas em que está empenhado.

No Futebol Clube do Porto há carências mais visíveis, face a um plantel curto e com falhas em alguns sectores que as exigências a que vai ser submetido recomenda sejam colmatadas. É, porém, na frente de ataque, onde Jackson Martinez pode não chegar para todas as solicitações, que se torna visível a necessidade de encontrar uma alternativa que permita enfrentar qualquer impedimento sempre possível, embora não desejável, do actual artilheiro portista.

Já quanto ao Sporting, o panorama apresenta contornos bem mais delicados. Vendedor, para satisfazer compromissos decorrentes de uma conjuntura desfavorável, o que parece vir a seguir são novas vendas que ajudem a tesouraria a respirar um pouco, ainda que isso apenas signifique adiar uma falência técnica sobre a qual já não há nenhumas dúvidas.

Salvar o pouco que resta de uma época que ainda nem sequer chegou a meio é, agora, a grande tarefa que se apresenta aos responsáveis de Alvalade, cuja capacidade para resolver os problemas que se têm deparado, merece nota negativa.

Aguardemos, pois, para ver ser é possível livrar o emblema do leão de maiores vexames do que quantos tem sofrido até agora.