Na difícil conjuntura que o país atravessa privatizar não é uma questão ideológica. É uma necessidade imperiosa.
A privatização da ANA correu bem. Antes, também a venda parcial da EDP e a da REN trouxeram um apreciável encaixe financeiro. Já não se ter conseguido vender a TAP, há uma semana, foi menos positivo – embora a decisão provasse que o processo era limpo e não estava feito à medida do único candidato final, ao contrário do que foi dito.
A TAP, tal como está, não é sustentável a prazo. Mais tarde ou mais cedo será privatizada.
É natural que muitos portugueses tenham pena de vender a TAP e outras empresas. Também se diz que privatizar nesta altura é vender a preço baixo – sobretudo em sectores que enfrentam globalmente dificuldades, como a aviação comercial.
Mas não há alternativa. É como uma família endividada, que por isso é forçada a vender alguns bens de estimação, para acalmar os credores. Depois, as privatizações referidas, e outras, estão previstas no memorando negociado com a “troika” em Abril de 2011 pelo Governo socialista de J. Sócrates.
Na difícil conjuntura que o país atravessa privatizar não é uma questão ideológica. É uma necessidade imperiosa.