Iniciativa da Igreja passou ao lado da maior parte dos órgãos de comunicação social. Mas foram ali ditas coisas importantes sobre o tema que anda encher páginas dos jornais: o Estado social.
A Semana Social, que decorreu no Porto na passada semana, foi acompanhada pela Renascença, pela Agência Ecclesia e por outros órgãos de comunicação social. Mas uma parte dos “media” ignorou a iniciativa ou concedeu-lhe escassa atenção.
Ora, foram ali ditas coisas importantes, sobretudo, numa altura em que o Estado Social se encontra em causa no país.
As opiniões foram variadas. Aliás, como se diz na Comunicado Final da Semana Social 2012, a Doutrina Social da Igreja (DSI) “tem o mérito de ser transversal e aplicável a todas as famílias políticas”.
João Paulo II e Bento XVI acentuaram que a Igreja não tem receitas políticas, económicas ou sociais – a DSI é teologia moral.
Mas impõe valores. Como a diferenciação positiva dos pobres. “Quem é mais carenciado deve ser mais apoiado”, disse Guilherme d‘Oliveira Martins, que também chamou a atenção para que o “Estado Social tem que se basear na sociedade solidária, respondendo aos novos problemas da crise demográfica, do envelhecimento da população, do isolamento, da exclusão”.