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Francisco Sarsfield Cabral

A ditadura na China

12 nov, 2012 • Francisco Sarsfield Cabral

Ali, o partido confunde-se com o Estado. Mas a agitação social está a crescer e o PCC receia qualquer abertura política.

A ditadura na China
Decorre o 18.º Congresso do Partido Comunista da China. Como, ali, o partido se confunde com o Estado, a nova geração de dirigentes do PCC serão os políticos que irão mandar nos próximos anos.

Os sinais dados pelo Congresso apontam, não no sentido de uma transição democrática, mas para a continuação do monopólio do poder político nas mãos do PCC. Sem excluir um agravamento da repressão.

Na China há forte agitação social, com greves, manifestações, desafios às autoridades regionais, etc. O ambiente de contestação agravou-se com o abrandamento do espectacular crescimento económico chinês – que baixou para 7% (quem nos dera uma taxa dessas aqui!) depois de muitos anos a subir cerca de 10% ao ano. Isto leva o PCC a recear qualquer abertura política.

Assim, na China não aconteceu – ainda - algo semelhante à Revolução Francesa, quando a burguesia rica e ilustrada deixou de suportar manter-se afastada do poder político, concentrado no Rei e na aristocracia.

Ora, já existe uma significativa burguesia na China. Só que tem preferido singrar sob a tutela do PCC.