Independências

Em 2014, haverá um referendo na Escócia sobre a independência. É um partido independentista que governa hoje a Escócia, embora seja duvidoso que a maioria dos escoceses vote pela independência. Até porque a Escócia goza de uma apreciável autonomia, com parlamento próprio.

É o que também acontece na Catalunha – mas parece que essa autonomia não chega. Aí, as consequências de uma eventual separação catalã do Estado espanhol serão mais sérias. O País Basco também quer a independência; e a própria Galiza poderá vir atrás.

Mas há outros casos. Na Bélgica, os flamengos querem separar-se dos valões (francófonos). Em Itália, um partido que já esteve no governo defende a separação do Sul, que despreza, do Norte, criando aqui uma nova nação, a Padânia. A França tem problemas com os nacionalistas da Córsega.

Isto, sem falar das numerosas questões na Europa antigamente dominada pela União Soviética.

Numa altura em que a integração europeia sofre a sua maior crise de sempre, é curioso – e preocupante – que a tendência para a desintegração se manifeste também em Estados europeus.