O Ano da Fé

Começa hoje o “Ano da Fé”, lançado pelo Papa Bento XVI. A Europa é maioritariamente agnóstica ou mesmo ateia. Mas há uma contrapartida positiva. Ao contrário do que acontecia há décadas, hoje quase ninguém é cristão em Portugal por mero hábito sociológico.

Agora, só tem fé quem assim o decida por escolha pessoal e consciente, e não por influência do ambiente familiar e social. É uma grande vantagem para a autenticidade da fé. Não é por acaso que a fé em Deus, longe de se ter tornado uma mera inclinação pessoal, suscitando indiferença na sociedade, volta agora a ser atacada por ateístas militantes.

Nada disto implica que os cristãos sejam um pequeno gueto no mundo moderno. Pelo contrário. Bento XVI dá grande importância ao diálogo com os não crentes, como ressalta dessa outra iniciativa sua que é o “Átrio dos Gentios”.

Os cristãos devem dar as razões da sua fé, como dizia S. Paulo, e purificá-la nos encontros com agnósticos e ateus.

Deus é Pai de todos, crentes e não crentes, e Cristo fez questão de se aproximar dos considerados impuros.