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Ribeiro Cristóvão

Mau arranque

21 set, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Uma vitória apenas, três empates e duas derrotas representam um saldo comprometedor, provocando também uma queda no ranking, que não estava nas previsões.

Mau arranque

As equipas portuguesas que voltaram às competições da Uefa em número considerável, registaram um mau arranque nesta primeira semana, deixando apreensivos os adeptos quanto ao que o futuro lhes reserva.

Uma vitória apenas, três empates e duas derrotas representam um saldo comprometedor, provocando também uma queda no ranking, que não estava nas previsões.

Três golos marcados contra cinco sofridos em meia dúzia de jogos, traduzem-se num balanço que merece uma séria reflexão e que, comparado com edições anteriores, significa um défice preocupante.

Mas não é apenas o aspecto que tem a ver com a capacidade de concretização ou falta dela que todas as equipas revelaram, que chama especialmente a atenção.

É também, e sobretudo, a chocante falta de qualidade que ficou à vista em quase todos os seis desafios em que os portugueses tomaram parte.

Se não for arrepiado caminho, não irão longe as equipas que integram as duas competições europeias.

A perda de qualidade de algumas delas, provocada pela fuga de jogadores até aqui considerados preponderantes e desequilibradores, não justifica tudo.

E, o para agravar a situação desportiva, o que se passa no plano económico-financeiro na maioria das colectividades, também não é de bom augúrio.

Com passivos que se acumulam todos os dias, com as tesourarias sem liquidez e disponibilidade para pagar salários num prazo não muito dilatado, o futebol português enfrenta um horizonte carregado de nuvens negras.

As receitas da Uefa e o dinheiro daí proveniente, poderia vir a constituir, nalguns casos, uma ajuda preciosa.

Mas até nesse domínio parece não ser recomendável alimentar grandes ilusões.