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Ribeiro Cristóvão

Luisão

19 set, 2012 • Ribeiro Cristóvão

O capitão do Benfica teve comportamento grosseiro e condenável que não poderia nunca passar impune, mesmo tratando-se de um jogo particular e de reduzida visibilidade.

Luisão

Da FIFA chegou ontem a notícia que não constituiu surpresa para ninguém. Castigado já pelo Conselho de Disciplina da FPF com a pena mínima de dois meses de suspensão, só os mais ingénuos poderiam ainda ter esperança que a pena aplicada a Luisão se ficasse por aí, com a condescendência de um organismo que costuma ser severo com a indisciplina.

Quase em cima da hora do primeiro jogo do Benfica na Liga dos Campeões, o que deu à novidade um tom ainda mais pesado, a confirmação chegou impedindo assim o jogador de tomar parte também nas competições europeias, com as quais só voltará a tomar contacto lá para meados de Novembro.

É um rude golpe para o Benfica e para o seu treinador, mas em boa verdade ninguém se pode queixar: antes de todos, Luisão, devido à sua atitude infeliz e lamentável, depois o clube e o seu responsável técnico por não terem sabido gerir o assunto em devido tempo de forma a tentar minimizar os estragos.

O capitão do Benfica teve comportamento grosseiro e condenável que não poderia nunca passar impune, mesmo tratando-se de um jogo particular e de reduzida visibilidade. Faltou ao respeito ao árbitro e, sobretudo, ao Clube que representa e lhe paga generosamente, sem esquecer os adeptos que o têm apoiado de forma incondicional.

Não se conhecem ainda reacções dos responsáveis encarnados face a este conjunto de anormalidades. Estivéssemos nós em Inglaterra, por exemplo, e outro galo cantaria: Luisão iria sentir, sem qualquer dúvida, um rombo na conta bancária.

Para contrariar um pouco aquilo que é habitual entre nós, esperemos entretanto que o Benfica não venha agora com justificações e desculpas que ninguém poderá aceitar.