Empurrar a Grécia

07 ago, 2012

As negociações entre a “troika” e as autoridades gregas conseguiram um acordo de princípio, que terá de ser confirmado em Setembro, de maneira a que a Grécia possa receber uma nova parcela da ajuda financeira.

Entretanto, o BCE concedeu um empréstimo extraordinário a Atenas, de modo a evitar a bancarrota grega dentro de semanas.

Mas a situação grega é dramática. Os gregos manipularam as estatísticas do défice e pouco avançaram nas reformas a que se tinham comprometido.

Os seus políticos suscitam escassa confiança. E a economia está em recessão há anos – só em 2012 o PIB deverá baixar à volta de 7%. Como será possível reduzir o défice orçamental grego nessas circunstâncias, é um mistério.

Ainda por cima não se calam as vozes de políticos a proclamar que a Grécia deve abandonar a zona euro. Para referir apenas políticos de partidos que fazem parte da coligação governamental em Berlim, é o caso do ministro da Economia, que pertence aos liberais, o partido minoritário da coligação, e de democratas-cristãos da Baviera. Estão a empurrar a Grécia para fora do euro.