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Ribeiro Cristóvão

Realismo e bom senso

26 jul, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Adoptando uma atitude realista e marcada por um assinalável bom senso, o presidente do Sindicato apressou-se a dizer na altura da assinatura do acordo que é preferível ter um salário de valor menor e competir do que estar no desemprego.

Realismo e bom senso

Face à actual conjuntura por que passa também o futebol português, a Liga de Clubes e o Sindicato dos Jogadores sentaram-se à mesma mesa com o objectivo de negociar uma nova tabela salarial adaptada à realidade da actual situação económica e financeira do país.

E, porque a medida há muito se tornara inevitável, foi decidido baixar os salários dos jogadores de todos os escalões através de um acordo que terá a duração de dois anos.

No tocante ao futebol profissional, apenas os jogadores que tomam parte no campeonato da II Liga vêm a sua remuneração descer mais de 360 euros por mês, enquanto os do escalão principal mantêm o ordenado de 1.455 euros.

Nas II e III divisões a tabela é também revista em baixa, tendo sido concertada uma diminuição das actuais retribuições, a rondar os 200 euros

Adoptando uma atitude realista e marcada por um assinalável bom senso, o Presidente do Sindicato apressou-se a dizer na altura da assinatura do acordo que é preferível ter um salário de valor menor e competir do que estar no desemprego, como acontece com muitos praticantes por esse país fora.

Patrões e Sindicato do futebol dão assim um exemplo de bom senso que os dirigentes dos clubes terão de seguir, sob pena de colocarem mais perto do abismo as instituições que estão sob a sua responsabilidade.