A crise do euro, iniciada na Grécia há quatro anos, parece não ter fim.
Realiza-se em Bruxelas a 28 e 29 mais um Conselho Europeu, supostamente para definir uma estratégia, que, não renegando a austeridade, evite a tão temida “espiral recessiva”.
Entretanto, os mercados desconfiam da capacidade europeia para ultrapassar a crise e, por isso, reclamam juros mais altos.
Não faltam ideias e propostas para vencer a crise das dívidas soberanas na zona euro, que já atinge em cheio a Espanha e ameaça a Itália. O problema é que não se vislumbra um consenso que inclua o país decisivo – a Alemanha.
Quase todas as hipóteses de solução para a crise do euro apontam para mais integração. No plano fiscal, orçamental, bancário, etc. Só que essa maior integração – mais federalismo - esbarra com um obstáculo de monta: implica mudanças nos tratados da União, o que levará pelo menos a alguns referendos.
Ora as opiniões públicas de quase todos os Estados da UE estão hoje eurocépticas, não querem mais integração. É a quadratura do círculo.