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Ribeiro Cristóvão

Tudo ou nada

12 jun, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Não adianta um possível empate, que de nada servirá, pois para que a nossa selecção prossiga a sua estadia na simpática e hospitaleira Opalenica, só há um resultado possível, e esse é ganhar.

Tudo ou nada

Também não começámos da melhor maneira o Euro-2004, disputado em Portugal. Uma derrota no jogo inaugural frente à Grécia, no estádio do Dragão, espalhou o pânico nas hostes. Depois, foi o que se viu… Fomos por aí fora, até à final, onde só não ganhámos por razões que não adianta estar agora a desenterrar.

A cena repete-se oito anos depois, com um país varrido pela descrença que uma escusada derrota frente à Alemanha instalou e ganha contornos desfavoráveis à medida que se aproxima o apito inicial do jogo que se segue, e vai marcar o nosso destino numa competição que com tanta crença aguardávamos há algum tempo.

Esta quarta-feira representa, por isso, o nosso Dia D. Com a Dinamarca ou contra a Dinamarca, como preferem os mais acirrados adeptos, é agora o tempo do tudo ou nada. Não adianta um possível empate, que de nada servirá, pois para que a nossa selecção prossiga a sua estadia na simpática e hospitaleira Opalenica, só há um resultado possível, e esse é ganhar.

No espírito e na ambição dos jogadores, com o contributo decisivo do seleccionador, está pois a chave para a solução do problema com que o nosso futebol se defronta. Não ignorando a qualidade que mora do outro lado, e que tantas dores de cabeça nos provocou no passado recente, impõe-se fazer uma chamada à capacidade daqueles aos quais incumbe a responsabilidade de não deixar morrer o sonho português.

Também de nada valerá manter na praça pública a discussão que está instalada à volta da equipa que melhor poderá servir as necessidades da selecção. Em última instância cabe ao responsável essa tarefa de escolher aqueles que entenda serem os mais adequados para se atingir o sucesso, e é neles que todos devemos confiar, sem restrições.

Torna-se imperioso vencer a Dinamarca, se possível jogando bem, o que nem sempre é compatível em circunstâncias como a presente. “Jogar como nunca e perder como sempre” é que tem de estar definitivamente fora dos nossos horizontes.