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Ribeiro Cristóvão

Pequeno intervalo

14 mai, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Teremos agora apenas um breve intervalo enquanto não chega a final da Taça de Portugal já no próximo domingo e, lá mais para a frente, uma nova edição do Europeu em relação ao qual o futebol português alimenta as mais fundadas esperanças.

Pequeno intervalo

Sem novidades de última hora, caiu o pano sobre o campeonato ganho com toda a justiça pelo Futebol Clube do Porto. E, sem que nos tenham sido indiferentes, antes pelo contrário, chegaram também ao fim os campeonatos de Espanha e Inglaterra, este com um final verdadeiramente dramático que a história do futebol inglês vai recordar por muitos anos.

Teremos agora apenas um breve intervalo enquanto não chega a final da Taça de Portugal já no próximo domingo e, lá mais para a frente, uma nova edição do Europeu em relação ao qual o futebol português alimenta as mais fundadas esperanças.

Nas nossas ligas profissionais que, para não destoar, vão agora continuar nas secretarias, os registos especiais vão para a descida do Feirense, em benefício da Académica que assim permanece entre os grandes, e a promoção do Moreirense à divisão principal, depois de uma luta ardorosa, que durou até à derradeira jornada, com o Desportivo das Aves.

Vamos ter agora o já anunciado despique entre os que apoiam e são contrários ao alargamento, prevendo-se que dure muito tempo, como já é habitual em circunstâncias como esta.

O bom senso há-de, no entanto, acabar por prevalecer, no respeito pelas condições e possibilidades actuais do futebol português que, todos sabemos, não vive uma situação desafogada, bem pelo contrário.

É necessário ter consciência de que só uma gestão rigorosa e equilibrada pode permitir que o futuro imediato não fique irremediavelmente comprometido com medidas avulsas que nenhum eleitoralismo justifica.

Caso contrário, continuaremos a ter as mesmas chagas de sempre: incumprimento salarial, dívidas ao Fisco e irregularidades perante a Segurança Social.

Por isso, aos órgãos fiscalizadores e de decisão exige-se rigor absoluto e acção determinada para que, de uma vez por todas, este deixe de ser um assunto de permanente debate pela negativa na sociedade portuguesa.