Desde o início, a Fundação Gulbenkian foi gerida com cabeça. Hoje com novo presidente, quer contribuir mais na área social.
Em meados do séc. XX, Portugal teve um golpe de sorte: o milionário arménio Calouste Gulbenkian, imigrado em Lisboa, no Hotel Avis, decidiu legar a Portugal um considerável acervo artístico e um grande património financeiro.
Assim nasceu a Fundação Gulbenkian, em 1956. Nessa decisão, pesou muito a influência do Dr. Azeredo Perdigão, advogado do milionário e primeiro presidente da Fundação.
A Fundação Gulbenkian, que muitos consideram ser há décadas o verdadeiro Ministério da Cultura em Portugal, foi gerida com cabeça, ultrapassando a perda de recursos decorrente da nacionalização de algumas grandes petrolíferas privadas (Calouste recebia 5% dos rendimentos de várias dessas empresas).
A Gulbenkian tem um novo presidente: Artur Santos Silva. Uma personalidade de reconhecido mérito, que, além de ter criado um banco, se dedica a inúmeras tarefas de índole cívica.
E, logo na posse, o novo presidente mostrou a sua sensibilidade social, ao dizer que a Fundação tem de contribuir muito nesta área, dada a situação em que o país se encontra. Uma correcta avaliação de prioridades.