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Ribeiro Cristóvão

Passo atrás

28 mar, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Afinal o Chelsea demonstrou no estádio da Luz estar longe de ser a equipa fácil que Jorge Jesus desejava ter como adversário nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Passo atrás

Afinal o Chelsea demonstrou, no estádio da Luz, estar longe de ser a equipa fácil que Jorge Jesus desejava ter como adversário nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Mas mesmo assim os ingleses precisaram da complacência do árbitro para alcançar em Lisboa um resultado que os coloca em vantagem e lhes abre as portas da fase seguinte.

A primeira conclusão a que o jogo desta terça-feira permite chegar é a de que o Benfica não merecia sair derrotado, e assim partir daí para uma missão de alto risco no encontro da segunda mão.

Mas a verdade é que os resultados se constroem muitas vezes na base de pormenores e foi aí que os portugueses claudicaram.

Um só lance menos cuidado da sua parte bastou para colocar o fiel da balança em situação favorável aos londrinos, que agora passaram a dispor de larga vantagem na passagem da eliminatória.

O Benfica deu um passo atrás na caminhada que com sucesso vinha fazendo na Liga dos Campeões pelo que a sua tarefa se apresenta agora mais complicada.

E, como se já não bastasse, o calendário doméstico vai obrigar ainda a esforços redobrados, o que poderá também ser decisivo no rendimento no embate da próxima quarta-feira.

Em relação ao desafio da primeira mão, no qual apenas faltaram os golos do Benfica, porque os demais ingredientes – casa cheia e público vibrante - constituíram uma nota dominante, também são susceptíveis de reparo algumas das opções feitas pelo treinador do Benfica quanto à estratégia delineada para o jogo e, sobretudo, à sua execução.

Insistir num defesa esquerdo que não está talhado para a função, como parece amplamente demonstrado há muito tempo, e substituições nalguns casos difíceis de entender, podem também ter contribuído para uma situação desfavorável de que agora parece difícil saír.