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Ribeiro Cristóvão

Muito amigável

29 fev, 2012 • Ribeiro Cristóvão

No espírito de todos, seleccionador e jogadores, não deixará de ter pairado a sombra de alguns desafios importantes que vários jogadores terão de disputar já a seguir e entre os quais avulta o Benfica-Porto, daqui por dois dias.

Muito amigável

Não poderia ter sido mais amigável o jogo desta quarta-feira que ficou a assinalar a inauguração do novo Estádio Nacional de Varsóvia e se saldou por um empate sem golos.

No espírito de todos, seleccionador e jogadores, não deixará de ter pairado a sombra de alguns desafios importantes que vários jogadores terão de disputar já a seguir e entre os quais avulta o Benfica-Porto, daqui por dois dias.

Foi, apesar disso, um convite honroso e uma distinção a reflectir o apreço em que é tido actualmente o futebol português, e o desejo de poder contar em tão importante cerimónia com a presença de alguns dos nossos nomes mais sonantes.

Alguns ficaram aquém das expectativas, como por exemplo Cristiano Ronaldo, de quem se esperam sempre jogadas mirabolantes e golos do outro mundo.

Mas há também destaques justos apontados na direcção de Rui Patrício, João Moutinho e Nani, as pedras de maior rendimento na equipa de todos nós.

Paulo Bento ficou também com vasta matéria para reflexão.

E a partir do jogo desta noite há-de querer certamente proceder a algumas alterações, esperando-se que em futuras chamadas não seja esquecido o nome de Hugo Viana, o jogador do Sporting de Braga que tem vindo a ficar estranhamente fora de todas as opções do seleccionador português.

Há agora algum tempo pela frente que deve ser aproveitado no estudo aprofundado de todas as circunstâncias em que a nossa selecção vai ver-se rodeada daqui por cem dias, quanto for dado o pontapé de saída do Euro 2012.

E oxalá Paulo Bento não volte a perder tempo, como o fez agora na Polónia, com questões relacionadas com a eventual renovação do seu contrato, as quais serão certamente tratadas em devido tempo pelos novos dirigentes federativos, nos quais, acreditamos, deposita total confiança.

Porque não nos pareceu oportuno e recomendável “forçar a barra” em vésperas de um jogo tão especial como este da Polónia, bom seria que o seleccionador nacional soubesse resistir a uma tentação igual a muitas outras que tanto marcaram, pela negativa, o consulado do seu antecessor.