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Ribeiro Cristóvão

A excepção

13 fev, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Por más razões, o Sporting voltou a ser excepção na jornada da Liga do fim de semana.

A excepção

Entre as equipas que ocupam os primeiros seis lugares da classificação geral, a comandada por Domingos Paciência foi a única que saiu vencida, colocando assim em maiores dificuldades o seu posicionamento futuro.

De facto, continua a não se entender o comportamento ambíguo de uma equipa que tanto é capaz de dar mostras de estar a entrar num período de recuperação como, logo a seguir, regressar a comportamentos estranhos e difíceis de explicar.

Depois de uma vitória para a Taça de Portugal no Funchal, uma derrota sofrida na mesma cidade para o campeonato relança a dúvida sobre se o caminho a percorrer não vai ser em tudo semelhante ao do ano passado.

Já nem as desculpas mais esfarrapadas do seu treinador servem para encobrir tamanha incompetência.

Indiferentes ao insucesso protagonizado pelos leões, Benfica, Porto e Sporting de Braga seguem a sua marcha.

Vitórias expressivas, marcadas por boas exibições, especialmente a do Benfica, reflectem a regularidade de um trio em que se destacam os lisboetas, embora ainda longe de poderem cantar vitória.

A jornada salda-se também por uma surpresa vinda do sul.

Com efeito, depois dos últimos resultados a marcar a entrada de um novo treinador, não seria de esperar que o Olhanense baqueasse no seu estádio frente a um conjunto que ainda não tinha logrado ganhar fora de portas.

Mérito, por isso, para o Rio Ave que assim dá um salto qualitativo a constituir um possível bom indício para enfrentar as dificuldades que ainda vêm a caminho.

Mérito também para o Vitória de Guimarães. Assediado por problemas internos de toda a ordem, tais como salários em atraso e Direcção demissionária, o grupo tem dado uma resposta à altura na tentativa de recolocar a equipa em lugares condizentes com o seu estatuto.

E lá por fora, duas situações de cariz diferente dignas de nota.

De um lado, José Mourinho a caminhar seguro para a conquista do campeonato de Espanha com dez pontos de avanço sobre o Barcelona, e do outro André Villas-Boas caído em desgraça e, ao que parece, cada vez mais apontado à porta de saída do Chelsea, depois de mais uma derrota.

É o preço pago por quem quis subir depressa sem cuidar de saber se para isso estava preparado.

Não raras vezes saltos demasiado grandes têm preço excessivamente elevado.