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Ribeiro Cristóvão

Ligado à máquina

06 fev, 2012 • Ribeiro Cristóvão

O grupo leonino parece necessitar agora de cuidados mais intensivos, para assim tentar garantir a sua sobrevivência.

Ligado à máquina

Em boa verdade, o Sporting já estava ligado à máquina há vários dias. Basta passar de relance os resultados que tem alcançado nos tempos mais recentes e as exibições a que conduziram, para ficar sem dúvidas sobre esse estado comatoso latente.

Porém, depois da eliminação da Taça da Liga, aos pés de uma equipa, o Gil Vicente, composta por “sem-abrigo”, assim caracterizada pelo seu próprio residente acentue-se, o grupo leonino parece necessitar agora de cuidados mais intensivos, para assim tentar garantir a sua sobrevivência.

É que, pela frente, há novos escolhos à vista já para os próximos dias. Daí a saída da Taça de Portugal se apresentar como mais um fracasso possível de concretizar e, logo a seguir, o campeonato poder trazer novo afundanço, a dar razão àqueles que já apregoam que, confirmado este cenário, o plantel pode entrar de férias mais cedo.

O panorama para as bandas de Alvalade não se apresenta, pois, nada favorável. Conhecida e reconhecida a falência técnica efectuada por uma inspecção independente, e como se isso já não bastasse, junta-se-lhe agora este descalabro desportivo, por enquanto de consequências imprevisíveis.

E, como se dois males já não bastassem, eis o sucesso do Benfica, ali ao lado, a fazer mossa e a causar também alguma perturbação. De facto, o actual momento dos encarnados apenas suscita a dúvida de se saber até onde poderá chegar a dinâmica de vitória que o jogo com o Marítimo confirmou.

Não está longe o reatar da Liga dos Campeões, onde, aí sim, o Benfica poderá afastar todas as dúvidas que ainda possam existir, porque em relação às competições domésticas parece não haver de momento concorrência capaz de causar sobressaltos. Até o Futebol Clube do Porto se mantém a uma distância confortável.

Porém, não haja dúvidas sobre o salto qualitativo que se perspectiva para os lados do Dragão, com os portistas reconfortados pelo regresso de um filho pródigo, Lucho González, que poderá agora inocular nova força numa máquina cujo ritmo decresceu acentuadamente nos últimos tempos.

A época está a entrar numa fase de grande aceleração, que vai ajudar a clarificar situações por enquanto ainda mal definidas. Veremos quem terá capacidade para seguir em frente, recolhendo daí os proveitos indispensáveis para resguardar o futuro que para muitos se apresenta carregado, envolto em enormes preocupações.