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Ribeiro Cristóvão

Frente unida

28 nov, 2011 • Ribeiro Cristóvão

Aguardado com grande expectativa, o fim-de-semana acabou por não proporcionar grandes mudanças no cenário futebolístico do burgo.

Frente unida

Aguardado com grande expectativa, o fim-de-semana acabou por não proporcionar grandes mudanças no cenário futebolístico do burgo.

O mais apetecido “derby” de sempre registou um desfecho não de todo imprevisível, enquanto os portistas mantiveram a sua condição de comandantes da classificação.

E, como já se esperava, registo para alguns lamentáveis incidentes que acabaram por entrar também no rol, fazendo regressar tempos que pareciam já esquecidos.

Comecemos pelos incidentes e pela guerra de palavras que se seguiu. Este foi mais um exemplo da inoportunidade com que alguns dirigentes responsáveis se banqueteiam à volta dos desvarios das multidões, quando o festim promete.

Ao longo da semana tornou-se provável este desfecho, face às declarações avulsas vindas dos dois lados e que logo prenunciaram os excessos que acabaram por acontecer.

Fica a lição, mais uma vez, e a lembrança segundo a qual o espectáculo deve ter apenas como intérpretes aqueles que durante noventa minutos se batem dentro do campo para alcançar um bom resultado.

O resultado, o da Luz, esse agradou mais naturalmente ao Benfica. Mas, apesar de ter perdido, o Sporting deixou bem à vista a qualidade que alguns teimosamente lhe vinham negando.

Agora, com 19 jornadas ainda pela frente, não há razões para baixar a bandeira, de um lado, nem para erguer a taça, do outro.

É que, com os mesmos pontos do Benfica, mas pelas regras à sua frente na classificação, o Futebol Clube do Porto confirmou mesmo a ressurreição pós desastre de Coimbra.

E aí temos o campeonato mais intenso do que nunca, sem campeões de inverno, e com um lote interessante de candidatos aos lugares mais apetecidos.

Está também próximo o tempo de recarregar baterias, um proveito que as longas paragens no campeonato proporcionam, o que é, aliás, um vício enraizado há já muitos anos nos calendários do nosso futebol.

Proveito a dobrar para os dragões, que beneficiam com a aproximação de duas jornadas da Taça de Portugal, e de cuja ausência podem tirar partido para preparar melhor os tempos exigentes que se avizinham.

Por vezes, há males que vêm por bem.