21 nov, 2011 • Ribeiro Cristóvão
Trata-se, para já, do corolário de uma série de exibições cada vez mais difíceis de perceber, com resultados que tendem a conduzir à mais fraca temporada dos campeões nacionais de que há memória nos tempos mais recentes.
Quem vem de quatro sucessos irrefutáveis em apenas um ano, não é capaz de justificar o estado actual da equipa, destacando-se especialmente a ideia segundo a qual foi errada a escolha do treinador. Há, seguramente, mais razões escondidas por detrás de uma carreira desastrada, as quais estarão por certo a ser também avaliadas pelos responsáveis portistas.
O jogo de quarta-feira, para a Liga dos Campeões, na Ucrânia, pode vir assim a tornar-se decisivo para a clarificação das medidas que poderão ser tomadas a seguir.
No entanto, seja qual for o caminho escolhido, a grande maioria dos sócios e adeptos do Porto estão a expressar, de forma cada vez mais evidente, a opção que gostariam de ver adoptada, e que passa pela rápida substituição do treinador.
Para eles, Vítor Pereira chegou ao fim da linha.
Como sempre, a decisão está nas mãos de um só homem, Jorge Nuno Pinto da Costa, que já demonstrou vezes sem conta não ceder a pressões, venham de onde vierem, e que a sua perspicácia o levará a actuar no momento que considere o mais adequado.
Com um dos objectivos já caído por terra, outro estará bem perto disso se a equipa continuar a reagir de maneira amorfa em todas as situações.
Com o Futebol Clube do Porto fora da Taça de Portugal, e afastados também Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, o foco aponta agora sobretudo para Sporting e Benfica, que vêm mais desanuviado o percurso para um deles ou ambos chegarem ao Jamor no próximo mês de Maio.
Da jornada do fim de semana merecem também destaque a proeza do Torreense, actualmente na segunda divisão, ao ir a Vila do Conde eliminar o Rio Ave, e a presença de três equipas madeirenses nos oitavos de final da competição, Marítimo, Nacional e Ribeira Brava.
Em tempo de crise, não deixa de ser mais uma dor de cabeça para o recentemente empossado Governo Regional, que vai ser obrigado a fazer cortes significativos nos contributos que o seu orçamento sustenta de forma opulenta há muitos anos.