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Francisco Sarsfield Cabral

Um atraso governamental

27 ago, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

Demorou demasiado a chegar o tão falado “banco de fomento”. Uma demora difícil de explicar, sobretudo quando é tão importante para as pequenas e médias empresas.

Parece que, finalmente, o “banco de fomento”, cujo nome é Instituição Financeira de Desenvolvimento, vai começar a fazer operações em Outubro.

Há muito que se esperava que esta instituição viesse dar uma ajuda, sob a forma de crédito e de participação no capital, a muitas empresas portuguesas, sobretudo as de pequena dimensão.

O crédito bancário às empresas está no corrente ano abaixo do concedido em 2014. Mas o tão falado “banco de fomento” demorou demasiado tempo a concretizar. Aliás, ainda não sabemos se ele será realmente útil e se as esperanças que vários membros do Governo publicamente colocaram na nova instituição se justificam.

Diz-se que a sua função essencial será o encaminhamento de fundos comunitários, através dos bancos, para pequenas e médias empresas.

A demora é difícil de explicar. Durante anos discutiu-se, nomeadamente com a “troika” e a Comissão Europeia, e porventura também no interior do Governo, o que seria este “banco de fomento”. Não se trata, propriamente, de algo que evidencie capacidade de realização ou mera competência financeira do lado governamental.