O “politicamente correcto” atingiu há umas décadas níveis ridículos. Mas o “anti-politicamente correcto” tem limites. Limites que o candidato presidencial Donald Trump não conhece.
Considerar alguém “politicamente correcto” já se tornou pejorativo. Denuncia no criticado um conformismo acéfalo quanto à maneira de pensar de gente que se considera culta e progressista.
Sobretudo nos meios académicos americanos, o “politicamente correcto” atingiu há uma ou duas décadas níveis ridículos, na sua ânsia de não perturbar a sensibilidade de ninguém com qualquer palavra susceptível de parecer racista, xenófoba, conservadora, machista, etc.
Mas o “anti-politicamente correcto”, agora de alguma forma a nova ortodoxia, não pode ser desculpa para todos os desvarios. Veja-se o pré-candidato presidencial nos EUA Donald Trump. Ele insulta toda a gente, por vezes com grosseria, alegando não gostar do politicamente correcto. Mas não convence. Trump atira a sua riqueza milionária para o debate, alegando tudo poder comprar. E faz gala em ser malcriado.
Mais inteligente é Marine Le Pen, que abandonou o estilo truculento do pai e com isso ganhou adeptos. Por isso ela é bem mais perigosa para os valores de civilização que prezamos do que o desbocado Donald Trump.