Emissão Renascença | Ouvir Online

Ribeiro Cristóvão

Benefício da dúvida

31 jul, 2015

Fica a intenção de Pedro Proença de unir o futebol desavindo para, a partir daí, construir o verdadeiro edifício onde todos tenham lugar e aí se batam pelos mesmos objectivos.

Sem grande aparato e com algumas ausências de peso, Pedro Proença assumiu ontem o cargo de Presidente da Liga de Clubes para os próximos quatro anos.

Do que se viu, ficou a ideia de que começa agora um novo tempo, durante o qual o futebol profissional em Portugal, através do seu principal responsável, se propõe levar por diante enormes alterações. Para melhor, claro está.

O ex-árbitro, agora investido em funções de grande relevo, mas do outro lado da barricada em relação ao percurso feito durante toda a sua vida de homem ligado ao desporto, aproveitou a tomada de posse para fazer uma intervenção muito curta, mas com algum significado.

Como nota de maior destaque, ficou a sua intenção de unir o futebol desavindo para, a partir daí, construir o verdadeiro edifício onde todos tenham lugar e aí se batam pelos mesmos objectivos.

Não vai ser uma tarefa fácil. E, para chegar a essa conclusão, basta dar conta das presenças e das ausências na cerimónia de ontem.
 
Pinto da Costa e Bruno de Carvalho desta vez não mandaram representantes em seus lugares, mas Luis Vieira e António Salvador primaram pela ausência reforçando assim a convicção de que a grande tarefa a que Pedro Proença se propõe se apresenta como muito difícil de concretizar.

Esperemos então pelo tempo em que a bola vai começar a rolar em jogos a valer.

E, como sempre tem acontecido, não vai ser certamente necessário esperar muito tempo para se ver em que direcção vão soprar os novos ventos.