27 jul, 2015
Durante meses a Turquia não permitiu que da base de Incirlink, integrada na NATO e a cem quilómetros da fronteira com a Síria, fossem lançados ataques de jactos americanos ao “Estado Islâmico” (EI). Apenas autorizava voos de reconhecimento.
Mas na semana passada o EI alegadamente terá estado na origem de um atentado suicida em território turco, junto daquela fronteira. E pelo menos um oficial turco foi morto. Sucederam-se então manifestações e protestos em várias cidades turcas, reclamando uma atitude mais firme face ao EI.
E, de facto, a Turquia mudou de posição. Autoriza agora que jactos partam da base de Incirlink para atacar o EI. A própria força aérea turca já desencadeou ataques contra alvos do EI. Uma viragem positiva.
Com um lado negativo: inquietas com o papel fulcral dos curdos no combate ao EI, as autoridades turcas bombardearam, também, posições curdas no norte do Iraque. Está posto em causa o processo de paz entre Ankara e o PKK (partido independentista curdo da Turquia). A trégua declarada em 2013 pelo PKK deve estar por um fio.