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Ribeiro Cristóvão

Os dois lados de Messi

09 jul, 2015

Este novo “desastre” argentino virou, de imediato, todos os holofotes para Messi, apontado como o principal responsável, e acusado de não atingir ao serviço da sua selecção o brilhantismo que consegue no Barcelona, havendo mesmo quem tivesse chegado ao extremo de lhe chamar traidor.

Messi, que para muitos é considerado o melhor jogador do mundo volta a estar envolto em polémica que só irá esbater-se quando voltar ao trabalho ao serviço do Barcelona, clube ao serviço do qual tem obtido sucessos incontáveis, e que outros não têm conseguido igualar.

Depois de uma temporada brilhante com a camisola do clube catalão em que venceu uma mão cheia de competições de prestígio, Lionel Messi rumou à América do Sul para no Chile tentar ajudar a selecção do seu país, a Argentina, a alcançar um título que lhe escapa há duas dezenas de anos, a Copa América.

Em defesa da camisola do país das pampas, a estrela argentina voltou a não ser feliz.
Repetindo uma final, (a anterior teve lugar no Mundial do Brasil), a selecção de Messi voltou a sucumbir, desta vez frente à formação do Chile, após um jogo dramático cujo desfecho só foi resolvido através da marcação de grandes penalidades.

Este novo “desastre” argentino virou, de imediato, todos os holofotes para Messi, apontado como o principal responsável, e acusado de não atingir ao serviço da sua selecção o brilhantismo que consegue no Barcelona, havendo mesmo quem tivesse chegado ao extremo de lhe chamar traidor.

Por isso, não causa surpresa a notícia segundo a qual Messi pretende deixar de envergar a camisola do seu país de origem, pelo menos por algum tempo, enquanto no Barcelona vai certamente retomar os caminhos do êxito.

Mais vítima do que culpado, o astro argentino tem que perceber, definitivamente, que o problema não é apenas seu, mas sim de um conjunto de jogadores que não têm conseguido formar uma verdadeira equipa na qual faltam valores iguais aos que dispõe e o têm ajudado a ter sucesso no clube azulgrana.

Só com coragem e amor-próprio não se ganha.

É preciso muito mais, e Tata Martino deve saber isso.