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Francisco Sarsfield Cabral

Racismo nos EUA

24 jun, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

“As sociedades não eliminam imediatamente tudo o que aconteceu há dois ou três séculos”, disse Obama.

A governadora da Carolina do Sul apelou à retirada da bandeira da Confederação que está colocada no parlamento estadual. O que precisa de uma votação de dois terços nas duas câmaras desse parlamento – não será fácil.

A Confederação era o conjunto de estados do Sul dos EUA que em 1861 quiseram separar-se do resto do país (sobretudo para manterem a escravatura), dando origem à mortífera guerra civil, que perderam quatro anos depois.

Foi numa igreja da cidade de Charleston, na Carolina do Sul, que um jovem racista branco matou há uma semana nove negros. Ora esse assassino, que está preso, pouco antes fizera-se fotografar junto à tal bandeira da Confederação.

“As sociedades não eliminam imediatamente tudo o que aconteceu há dois ou três séculos”, disse Obama, reconhecendo a persistência de sentimentos racistas na sociedade americana.

O tratamento brutal pela polícia americana de suspeitos negros (em Ferguson, Missouri, ou Baltimore, Maryland, por exemplo) também mostra até que ponto o racismo está vivo nos EUA. A eleição de Obama para Presidente terá, até, exacerbado esse racismo.