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Francisco Sarsfield Cabral

Prudência nas férias

23 jun, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

As famílias mostram-se mais realistas e prudentes face aos gastos. A situação da União Europeia recomenda cautela e é não só por causa da Grécia.

No ano passado, cerca de 16% dos portugueses não tiveram férias. A maioria por motivos económicos, naturalmente. Talvez este ano o número dos “sem férias” baixe um pouco, mas os níveis de pobreza não permitem grandes esperanças.

Daqueles que fazem férias, 52% escolhem o período de Junho a Setembro, segundo um inquérito de Instituto de Turismo. E, destes, pouco mais de metade (53%) irá para fora da sua área de residência, contra 67% em 2014.

Também neste universo, dois terços esperam gastar o mesmo do que no ano passado e 23% contam gastar mais. O que mostra alguma prudência nos gastos, apesar do aumento no consumo das famílias e na confiança dos consumidores, bem como da subida acentuada do crédito ao consumo.

O realismo das famílias vê-se, também, na previsão de que três quartos daqueles que sairão da sua área de residência optarão por destinos dentro de Portugal, com destaque para o Algarve.

Oxalá se mantenham a prudência e o realismo, não apenas nas famílias como sobretudo nos políticos em período pré-eleitoral. A situação da UE recomenda cautela – e não só por causa da Grécia.