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Ribeiro Cristóvão

A hora dos treinadores

19 mai, 2015 • Ribeiro Cristóvão

José Mourinho, Jorge Jesus, André Villas-Boas, Vitor Pereira, Paulo Sousa festejam títulos conseguidos por força de um trabalho sério, persistente e de qualidade. É a hora da festa sem fronteiras e com eco enorme junto das comunidades espalhadas pelos cinco continentes.

Com o aproximar do tempo final da temporada despontam as primeiras grandes referências em relação aos servidores do futebol. Os títulos conquistados são incensados, os jogadores mais impressivos escutam hinos de louvor vindos de todos os lados, alguns clubes recuperam o carisma.

É a hora da festa. Que não conhece fronteiras e, nalguns casos, como o português, atravessa fronteiras e encontra eco enorme junto das comunidades espalhadas pelos cinco continentes.

O caso do Benfica não é único mas é especial, por se reconhecer com facilidade a dimensão do clube mais popular de Portugal, que congrega à sua volta maior massa adepta do que todos os demais parceiros.

Por isso, chegam de várias partes as imagens de uma festa que, felizmente, teve além- fronteiras, uma dignidade superior àquela que por cá faltou.

E não vale a pena recuperar para aqui os incidentes de Guimarães e de Lisboa, que ninguém desejou e todos reprovam, mas que acabam por marcar de forma indelével o feito conseguido pela equipa comandada por Jorge Jesus.

E aos treinadores portugueses é devida uma palavra especial, numa altura em que a sua afirmação, cá e lá fora, se torna numa muito agradável evidência.

José Mourinho, Jorge Jesus, André Villas-Boas, Vitor Pereira, Paulo Sousa, já festejam títulos que conseguidos por força de um trabalho sério, persistente e de qualidade, embora nuns casos a projecção dessas conquistas tenha uma repercussão diferente das demais.

Fora deste grupo de ouro, mas merecedores de especial destaque, devem ser colocados Toni, que viu fugir-lhe o título do Irão por escassos minutos, Jesualdo Ferreira, que se espera possa ainda a vir ser campeão no Egipto, e Marco Silva, que se confirmou no Sporting, e a quem espera um futuro promissor.

Esta é, pois, a hora dos treinadores portugueses. Que continuam a abrir, a muitos outros companheiros de profissão, fronteiras que se mantiveram fechadas durante décadas a fio.