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Francisco Sarsfield Cabral

Limites do populismo

15 mai, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

Em Espanha, o Podemos está em declínio e foi afectado por males que apontava aos outros partidos espanhóis. Em França, guerra entre pai e filha na Frente Nacional retira credibilidade. E, no Reino Unido, demitiu-se o líder do UKIP.

Parece ter parado e até invertido o surto na Europa de novos partidos extremistas, de direita e de esquerda, em prejuízo dos grandes partidos tradicionais.

Em Espanha o Podemos, vindo da extrema-esquerda, está em declínio. Reflexo das desgraças que o Syriza trouxe à Grécia, em parte. Mas também porque no partido surgiram escândalos (financiamentos vindos da Venezuela, por exemplo) e guerras internas, males que o Podemos apontava aos outros partidos espanhóis.

A guerra sem quartel entre pai e filha na Frente Nacional em França (o pai Le Pen ameaça formar novo partido) tira credibilidade – e votos – a Marine Le Pen, que já sonhava ser a próxima Presidente da República.

E no Reino Unido, o UKIP, embora tenha obtido a terceira melhor votação nas recentes eleições, viu o seu líder, Nigel Farage demitir-se (por não ter sido eleito no seu círculo) e retomar a liderança do partido – mas sem evitar duras críticas de importantes figuras do partido.

Causas como ser contra a austeridade, os imigrantes e a UE continuam a ser populares. Mas o populismo mostra os seus limites. Lembram-se do PRD?