Mas não serão passageiros estes factores positivos? Sim, mas menos do que muitos esperavam.
A economia portuguesa cresceu no primeiro trimestre deste ano 1,4% face ao primeiro trimestre de 2014, acima da média da zona euro. Mais importante, porém, do que nos focarmos em mais ou menos uma décima é a confirmação de que prossegue e não abrandou (como alguns receavam) a tendência para a recuperação.
Aquela subida não assentou apenas num aumento do consumo. Mais importante foi o bom crescimento das exportações (4%), com a desvalorização do euro, e a pequena descida das importações, graças sobretudo à queda do preço do petróleo.
Mas não serão passageiros estes factores positivos? Sim, mas menos do que muitos esperavam. O preço do barril, que descera dramaticamente entre o Verão passado e Janeiro deste ano, sobe de novo desde há semanas. Mas não subirá muito mais, porque os produtores de petróleo de xisto nos EUA conseguiram sobreviver aos custos baixos e continuar a produzir, graças a avanços tecnológicos que reduziram custos.
Quanto ao euro, também é razoável esperar que não valorize demasiado, pois a Reserva Federal dos EUA tem vindo a adiar a subida dos juros.