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Francisco Sarsfield Cabral

As eleições britânicas e a UE

06 mai, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

Receoso da concorrência que lhe tem feito o partido anti-EU (UKIP), o primeiro-ministro, David Cameron, prometeu um referendo sobre sair ou não da União. A concretizar-se, a resposta à saída deverá ser afirmativa. Mas está tudo em aberto.

Das eleições no Reino Unido, amanhã, não deve sair qualquer maioria absoluta de um só partido. Será necessária uma coligação ou um acordo parlamentar.

O mesmo aconteceu nas eleições anteriores (2010). É curioso, dado que o sistema eleitoral britânico – círculos uninominais, onde vence quem tiver mais votos, sem segunda volta – está feito para facilitar maiorias absolutas de deputados.

Estas eleições podem desencadear um processo de saída dos britânicos da UE. Receoso da concorrência que lhe tem feito o UKIP (partido anti-UE, que ficou em primeiro lugar nas eleições para Parlamento Europeu há um ano), o primeiro-ministro e líder dos Conservadores, David Cameron, prometeu – caso ganhasse as próximas legislativas – um referendo sobre sair ou permanecer na UE.

Isto, após renegociar as relações com Bruxelas. Ora, é improvável que Cameron consiga mudanças significativas na UE. Assim, a haver referendo, será favorável a abandonar a UE.

Ed Milliband, líder trabalhista, rejeita o referendo. Mas, como veremos amanhã, não é seguro que ele seja o próximo primeiro-ministro.