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Europa velha e caduca

10 abr, 2015

Ataque à universidade de Garissa, no Quénia, fez 148 mortos. Aparentemente, de todos os líderes do mundo ocidental, só o primeiro-ministro britânico tem a lucidez de perceber que isto é de tal forma grave que justifica uma mensagem ao seu país.

148 jovens cristãos mortos numa universidade do Quénia. São os últimos números de uma tragédia atentatória de tudo aquilo que é a nossa civilização e que tem como único propósito atacar e mesmo destruir a civilização ocidental que quer se goste quer não é baseada nos valores da cultura cristã.

Aparentemente, de todos os líderes do mundo ocidental, só o primeiro-ministro britânico tem a lucidez de perceber que isto é de tal forma grave que justifica uma mensagem ao seu país, explicando que ao atacar estes cristãos é a todos nós que estas forças estão a atacar. Os outros líderes europeus continuam a preferir viver na ilusão de que a afirmação do laicismo dos nossos estados nos protege desta ameaça. Pura ingenuidade.

A lucidez das palavras de David Cameron merece ser ouvida. Infelizmente por terras lusas a sua mensagem, tal como a gravidade de mais este ataque à Universidade de Garrissa, no Quénia, foram praticamente ignorados no nosso país.

Apesar da tragédia que quase diariamente se vive no mediterrâneo, com milhares de mortos que procuram uma vida melhor no nosso continente, e do avanço das forças terroristas que afinam o alvo “aos homens da cruz”, expressão que utilizam para definir o mundo cristão, a Europa, continua alheia ao que se passa à sua volta.

Ao pensar que só o que se passa neste velho continente interessa, a Europa demonstra bem como está velha e caduca.

Valia a pena que acordássemos todos, antes que seja tarde demais.

Vale o que vale, mas hoje quero dizer que eu também sou um daqueles estudantes da universidade de Garrissa, no Quénia, brutalmente assassinados na semana santa.