O sindicalismo subordinado a forças políticas não consegue evoluir e defender os interesses dos trabalhadores na presente fase económica e empresarial.
Vêm aí novas greves nos transportes públicos, prejudicando sobretudo as pessoas que, tendo pago passe, não têm carro.
Mas isso pouco importa aos promotores das greves – eles sabem que elas não terão a menor influência nas privatizações que pretendem combater. Servem, sim, para mostrar que o Partido Comunista e a extrema-esquerda ainda pesam em Portugal – “assim se vê a força do PC”, era um slogan conhecido há uns anos.
Este tipo de sindicalismo, subordinado a forças políticas, não consegue evoluir e defender os interesses dos trabalhadores na presente fase económica e empresarial – que lhes é desfavorável.
Sensatamente, um homem com uma longa experiência sindical, João Proença, disse à Renascença que “os sindicatos não deveriam declarar a greve pela greve e alguns fazem-no”. Assim, as greves “foram perdendo impacto perante a opinião pública e os governos”.
É significativo que, segundo o “Correio da Manhã”, António Costa rejeite João Proença para suceder a Silva Peneda na presidência do Conselho Económico e Social. Um nome sugerido pelo sucessor de Proença como líder da UGT, Carlos Silva.