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Ribeiro Cristóvão

Campeonato a dois

02 mar, 2015

Um Sporting menor, como tantas vezes sem poder de fogo, e com algumas pouco habituais falhas defensivas, permitiu ao conjunto orientado por Lopetegui realizar uma das suas melhores exibições dos tempos mais recentes, e chegar a números indiscutíveis.

O jogo de ontem, no estádio do Dragão, apresentava-se com foros de decisivo e verdadeiramente influente em relação às onze jornadas que ficavam por disputar. E assim foi, de facto. Ou seja, o trio da dianteira desfez-se, pelo que a luta do título ficou, a partir de agora, circunscrita apenas ao Benfica e ao Futebol Clube do Porto.

Havia justificadas expectativas relativamente ao penúltimo clássico do calendário, mesmo tendo em conta a desvantagem com que os leões avançavam para a luta com os dragões. Vindos de um desgastante confronto com os alemães do Wolfsburgo, que deixou marcas na equipa de Marco Silva, sabia-se que os lisboetas não partiam para o norte do país em circunstâncias iguais.

E o jogo acabou por deixar a nu essas diferenças. Um Sporting menor, como tantas vezes sem poder de fogo, e com algumas pouco habituais falhas defensivas, permitiu ao conjunto orientado por Lopetegui realizar uma das suas melhores exibições dos tempos mais recentes, e chegar a números indiscutíveis.

Com o Sporting afastado da corrida do título, a sua luta fica agora virada para a necessidade de assegurar o terceiro lugar, e com ele o acesso à próxima edição da Liga dos Campeões. Um escasso ponto de avanço sobre o Sporting de Braga recomenda todas as cautelas, porque há ainda um longo e difícil caminho a percorrer.

Deixou de haver dúvidas: Benfica e Porto ficaram agora isolados na corrida para o título e ambos com algumas dificuldades para ultrapassar. Apenas virados para esta competição, os benfiquistas dispõem de alguma vantagem, enquanto os dragões dividem as suas atenções também pela Champions.

Tudo somado, e eis que o cenário se apresenta bem preenchido por enorme expectativa. Para contrariar a rotina.