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Francisco Sarsfield Cabral

A Ucrânia e a ilusão pacifista

09 fev, 2015

O problema é que, com excepção da Polónia e de poucos mais, a despesas militares da NATO baixam desde o fim da guerra fria, com destaque para a Alemanha. A ilusão pacifista pode sair cara aos europeus.

O presidente da Ucrânia quer armas, para se opor aos separatistas pró-russos, que Putin apoia com armas e soldados (disfarçadamente, claro) e por isso avançam.

Em Washington há vontade de satisfazer o pedido de Porochenko. Mas os países europeus, liderados por Merkel, opõem-se.

Merkel, com a ajuda de Hollande, tem tentado tudo para obter por via diplomática um cessar-fogo no Leste da Ucrânia. A chanceler considera que um conflito militar em larga escala no Leste da Ucrânia seria ganho por Putin. O exército ucraniano é fraco. E a população das zonas onde se travam combates é maioritariamente favorável à Rússia. A crise económica russa leva Putin a tornar-se mais agressivo, para não perder popularidade internamente.

Entretanto a NATO aumentou a sua presença nos países bálticos, na Polónia e na Roménia, todos vizinhos da Rússia. E está a formar uma força de reacção rápida de 5 mil homens.

O problema é que, com excepção da Polónia e de poucos mais, a despesas militares da NATO baixam desde o fim da guerra fria, com destaque para a Alemanha. A ilusão pacifista pode sair cara aos europeus.