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Francisco Sarsfield Cabral

O novo terrorismo

05 fev, 2015

Já não são apenas atentados, que podem ser cometidos por três ou quatro pessoas, mas autênticos exércitos, equipados com material pesado. Revelam, aliás, um horrendo grau de barbárie – como a morte pelo fogo de um prisioneiro jordano pelo EI.

As preocupações europeias quanto ao terrorismo estão focadas na prevenção de futuros atentados, em particular cometidos por jovens que tenham passado pelo chamado Estado Islâmico (EI).

Ora esse “Estado”, situado na Síria e no Norte do Iraque, assim como o grupo Boko Haram, que actua na Nigéria, nos Camarões e no Chade, em África, representa uma nova face do terrorismo.

Já não são apenas atentados, que podem ser cometidos por três ou quatro pessoas, mas autênticos exércitos, equipados com material pesado. Revelam, aliás, um horrendo grau de barbárie – como a morte pelo fogo de um prisioneiro jordano pelo EI.

Esta gente precisa de ser combatida no terreno. Contra o EI lutam os curdos, com o apoio de bombardeamentos aéreos americanos e de outros países. Contra o Boko Haram tem agido bem o exército do Chade, não o da Nigéria. E espera-se uma intervenção da União Africana. Mas não chega.

O drama é que, depois do Iraque e do Afeganistão, os EUA não querem mais soldados seus em solo estrangeiro. E os países europeus estão praticamente desarmados. Assim, o novo terrorismo avança.